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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Comércio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do primeiro encontro dos países do BRICs (grupo que reúne Brasil, Rússia, India e China), em Ecaterimburgo (Rússia), que busca uma maior integração entre os quatro maiores países emergentes. O presidente concedeu entrevista à agência russa Itar-Tass sobre a cúpula, na qual comentou a importância do grupo nas negociações para democratizar as instituições internacionais, como o FMI. Veja abaixo os principais trechos.
BRICs – “O Brasil já tem relações estratégicas com a Rússia, com a Índia e com a China e, além de aprofundá-las no plano bilateral, acredita que o espaço dos BRICs permite reflexão e atuação conjuntas mais amplas, sobre vários dos temas mais importantes da atual agenda internacional. Entre eles, a necessidade de reforma das instituições multilaterais, financeiras e políticas, uma das prioridades para o Brasil. A atual crise econômica já abriu o debate no campo econômico-financeiro, como demonstram os resultados da recente Cúpula do G20, em Londres. Naquela ocasião, os BRICs já atuaram de forma coordenada e devem manter essa articulação em defesa de mudanças no processo decisório e de governança das instituições internacionais, capazes de permitir respostas mais eficazes a turbulências globais e a prevenção de desmandos como os que determinaram a atual crise. “
Vencer a crise – “Independentemente da conjuntura, a vitalidade das economias e a dimensão dos mercados internos dos países do grupo são armas poderosas e indispensáveis em matéria de crescimento global. Poucos países podem oferecer essa contribuição para o crescimento sustentável que desejamos. Os dados mostram que essa força já está contribuindo para atenuar os efeitos da recessão global e indicam que os BRICs continuarão na linha de frente na retomada do crescimento, assim como deram contribuição indispensável para o dinamismo da economia internacional ao longo dos últimos anos. Cabe lembrar que, desde 2003, as economias do Brasil, Rússia, Índia e China foram responsáveis por 65% do crescimento mundial. Em 2008, por exemplo, o intercâmbio comercial do Brasil com os três parceiros do grupo alcançou a cifra de US$ 49 bilhões, o que representa um crescimento de 500% na comparação com 2003.” Conselho de Segurança – “O Brasil defende como urgente e prioritária a reforma das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança. Ainda que neste tema seja mais difícil obter consensos, inclusive entre os BRICs. (...) O que o Brasil quer é que a composição dos membros permanentes do Conselho venha a refletir a atual realidade mundial, e não seja mais o resultado de um equilíbrio de forças do final da década de 40. evidentes, não tenham acesso à condição de membros permanentes do CSNU.”
Dólar – “Brasil e Argentina, por exemplo, já utilizam suas moedas locais nas operações de importação e exportação. Isso não significa eliminar o dólar, que ainda pode ser utilizado pelos agentes econômicos que queiram continuar a utilizá-lo. Mas oferece uma possibilidade de baratear as operações de compra e venda entre empresas dos dois países, ao eliminar o custo da intermediação cambial pelo dólar. A experiência é recente, e já demonstra ser viável, mas isso não se faz da noite para o dia. Demanda uma longa negociação e muito empenho, já que se trata de um assunto de grande complexidade técnica.”

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