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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

IGUALDADE

Negros conquistam maior aumento percentual de remuneração

Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2008), do total de trabalhadores regidos pela Consoludação das Leis do Trabalho (CLT), 19,615 milhões de trabalhadores formais no país (62,32%) declararam ser de cor branca. Em 2007, o índice foi de 63,21%. Os trabalhadores que se declararam pardos somam 8,597 milhões (27,31%), indicando aumento em relação a 2007 (26,65%). Os que se dizem pretos ou negros são 1,655 milhões (5,26%), pequeno aumento em relação a 2007 (5,22%). "É importante dizer que são as próprias pessoas que declaram a cor da sua pele, o que nos leva a crer, num país miscigenado como o Brasil, que a maioria não assume a cor. Percebemos que entre os mais escolarizados há mais pessoas que se declaram negras, e isso acontece a reboque da concientização e afirmação racial dos negros mais intelectualizados", comentou o ministro Carlos Lupi, que anunciou os dados da RAIS 2008 na manhã da última quinta-feira (6).
Há pouca representatividade dos vínculos empregatícios para pessoas que se declaram "amarelas" e "indígenas". Ambas somadas representam apenas 1% do total. Entretanto, o número vínculos celetistas de índios subiu de 81.671 em 2007 para 84.153 em 2008, e o número de amarelos cresceu de 231.287 em 2007 para 241.119 trabalhadores.
Quanto à escolaridade, a maioria dos trabalhadores que se dizem brancos, negros ou pardos possui Ensino Médio Completo, faixa onde se encontra a maior representatividade do emprego formal, com média de 39,72%, sendo distribuída da seguinte forma: pardos com ensino médio completo são 41,58%; brancos 39,08% e negros 35,80%.
Entre os trabalhadores que concluíram o nível Superior, os brancos são maioria 13,18%, em seguida vem os pardos com 5,86% e a minoria são pretos ou negros, 3,61%. Neste nível de escolaridade, as mulheres apresentaram maior nível de escolaridade que os homens. As mulheres brancas com nível superior são 17,52%, ante 10,41% para os homens brancos, sendo de 5,96% para mulheres pretas ou negras e de 2,60% para homens pretos ou negros e de 9,43% para as trabalhadoras declaradas pardas, ante 4,13% para os homens pardos.
Os trabalhadores negros obtiveram maior aumento nos rendimentos médios, acréscimo de 5,72%, percentual superior à média de remuneração de todas as raças somadas, que foi de 2,67%. A remuneração dos negros subiu de R$ 916,77 para R$ 969,24, com maior variação entre os homens, 6,67%. Os trabalhadores que se dizem pardos tiveram aumento de 4,83%.
Os brancos registraram menor percentual de aumento real: 1,88%. Apesar do modesto aumento, os rendimentos médios dos vínculos empregatícios dos trabalhadores brancos são 50% superiores àqueles classificados como negros e 43,7% acima dos considerados como pardos. Em relação a 2007, verifica-se redução da desigualdade entre os rendimentos de brancos e negros (55,7%) e brancos e pardos (47,8%).

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