Esse Blog se destina às notícias que acontecem em nossa cidade e região, sem esquecer dos principais fatos do país e do mundo. Queremos trazer a notícia com um ponto de vista crítico e com velocidade para que você, nosso leitor, fique bem informado.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Europa: temor de recessão faz bolsas desabarem

As ações européias tinham forte desvalorização nesta sexta-feira, seguindo as perdas nos mercados asiáticos e dos Estados Unidos, à medida que investidores entraram em pânico com o temor que as tentativas de governos de todo o mundo para destravar os mercados de crédito não serão suficientes para evitar uma recessão global.

Às 8h43 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 das principais ações do continente registrava queda de 7,54%, para 848 pontos, depois de ter caído 9% no início do pregão, atingido seu nível mais baixo desde julho de 2003.

Até o momento, o índice acumula queda de 22% na semana, que pode ser a pior da história do indicador.

No mesmo horário, o índice Footsie-100, da bolsa de Londres, exibia baixa de 7,13%. O índice CAC-40, da bolsa de Paris, operava em forte baixa de 7,74%. Já o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, registrava perdas de de 8,33%.

"A dura realidade é que os mercados julgaram que os cortes de juros coordenados não foram suficientes, e agora nós nos encontramos pensando qual é a melhor forma de sair desta espiral de queda", disse Chris Hossain, gerente de vendas sênior da ODL Securities.

Na quinta-feira, Wall Street despencou, com o Dow Jones cedendo 7,33% e o Nasdaq, 5,47%, após uma onda de pânico no final da sessão que tomou conta dos investidores, preocupados com as perspectivas dos bancos e da General Motors.

No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) emendou a sexta queda consecutiva na quinta-feira. Depois de ter operado no azul na maior parte do dia, o Ibovespa não conseguiu resistir à piora externa e caiu 3,92%, aos 37.080 pontos. Com isso, o índice já acumula desvalorização de 42% em 2008. O giro financeiro somou R$ 5,54 bilhões.

Ajuda de emergência Com o agravamento da crise financeira, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, anunciou nesta quinta-feira em Washington que o fundo ativou um mecanismo de emergência para ajudar países que estão sendo seriamente afetados pela turbulência.

O mecanismo, criado em 1995, permite a aprovação de empréstimos mais rapidamente pelo fundo. Foi usado pela primeira vez durante a crise asiática de 1997, quando Tailândia, Filipinas, Indonésia e Coréia do Sul foram beneficiados.

"Nós estamos prontos para responder a qualquer pedido de países que enfrentam problemas", disse Kahn, acrescentando que alguns países desenvolvidos podem ser ajudados. Segundo ele, já há alguns países em vista como possíveis candidatos à ajuda do FMI, mas se recusou a divulgar quais.

Recessão global Também nesta quinta-feira, o diretor-gerente do FMI disse que o mundo está entrando em uma "recessão global" e que o sistema financeiro internacional só deve começar a se recuperar da atual crise na segunda metade de 2009.

"Nosso parecer é que o crescimento das economias avançadas será próximo de zero no ano que vem e de cerca de 3% na economia global", disse Strauss-Kahn. "Assim, estamos à beira de uma recessão global."

"Na primavera (no hemisfério norte, outono no Brasil), o FMI foi criticado por ser pessimista demais", acrescentou. "Infelizmente, fomos otimistas demais."

Strauss-Kahn também comentou o avanço da crise bancária na Europa e afirmou que os países da União Européia precisam adotar ações coordenadas em relação ao problema. Para o diretor-gerente do FMI, qualquer ação unilateral - como as que foram anunciadas nos últimos dias por vários países do bloco - "precisa ser evitada ou mesmo condenada".

"Faço um apelo aos países europeus para que trabalhem juntos", acrescentou. "Não há solução doméstica para uma crise como esta."

Também nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu injetou mais US$ 100 bilhões no sistema bancário dos países que adotam o euro como moeda, além de dar crédito ilimitado aos países do bloco até pelo menos janeiro do ano que vem.

Fora da zona do euro, a crise deu sinais de mais intensificação na Islândia. As injeções de capital ocorreram depois que sete bancos centrais de todo o mundo anunciaram juntos uma redução nas taxas de juros, em uma ação coordenada para tentar frear o desaquecimento econômico.

Fonte: Portal Terra

Nenhum comentário: