SÃO PAULO – A conclusão do inquérito sobre o assassinato de Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, dependerá do depoimento de Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, amiga da vítima. As estudantes ficaram em poder de Lindemberg Alves, de 22 anos, ex-namorado de Eloá por mais de 100 horas em Santo André, no ABC paulista. Na última sexta-feira (17), o sequestro teve um fim trágico, Lindemberg atirou contra as duas e Eloá não resistiu aos ferimentos.
A polícia investiga se Lindemberg realmente disparou um tiro no interior do apartamento antes de o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadir o cativeiro.
Segundo o delegado Luiz Carlos dos Santos, da seccional de Santo André, no Grande ABC, o depoimento de Nayara é fundamental para esclarecer as dúvidas sobre o que aconteceu no local. A adolescente tem alta prevista para esta quarta-feira (22) e deve prestar depoimento logo em seguida. “Ela pode esclarecer várias dúvidas, principalmente em relação a forma como ele agiu, a decisão que tomou em dar o tiro”, afirmou o delegado.
Logo após o depoimento, a polícia deve organizar a reconstituição do crime. Lindemberg tem a opção de participar ou não da ação, uma vez que a lei permite que o acusado não produza provas contra si mesmo.
O sequestrador responderá pelos crimes de cárcere privado, homicídio doloso (de Eloá) e duas tentativas de homicídio, contra Nayara e um coronel da Polícia Militar que participava das negociações, e periclitação da vida (criar situação de perigo para a vítima).
Em um vídeo feito dentro da prisão com um celular e divulgado pela TV Record, o sequestrador afirma ter dado um tiro em Eloá e diz não saber que tinha atirado em Nayara. “Depois da bomba eu não vi mais nada. Só ouvi gritos”, afirma Lindemberg, com o rosto bem machucado.
Fonte: Portal IG/Último Segundo
Foto: Arquivo Pessoal
Nenhum comentário:
Postar um comentário