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terça-feira, 7 de outubro de 2008

Bolsas da Europa operam com cautela após dia de pânico

Na véspera, ações da região tiveram queda percentual recorde.Reunião de ministros busca acordo para plano contra crise.

As bolsas da Europa vivem um dia de muita cautela nesta terça-feira (7). No dia seguinte ao pânico que se alastrou por todo o mundo, levando as bolsas a perdas históricas, os mercados da região operam com tendências mistas.

Por volta das 8h (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,70%, mesma tendência observada na bolsa de Frankfurt, que subia 1,0%. Em Paris, o indicador CAC-40, que teve na véspera a maior queda percentual de sua história, de 9,04%, subia 1,40%. Na mão contrária, o mercado italiano registrava leve baixa, de 0,08%.

Dia de crise

Na segunda-feira, o temor do alastramento da crise pela Europa, com a quebra de bancos e a possibilidade real de recessão, levou as ações do continente a uma queda percentual recorde em um único dia, afundando para o menor patamar de fechamento em quatro anos, à medida que os investidores liquidavam ações e Wall Street despencava.

O índice FTSEurofirst 300 desabou 7,75%, para 1.004 pontos, superando a queda de 6,3% de 11 de setembro de 2001, dia dos ataques que destruíram o World Trade Center em Nova York.

Reunião de emergência

Os tombos da véspera motivaram os ministros das Finanças da Europa a realizarem, nesta terça-feira, uma reunião de emergência. Em Luxemburgo, as autoridades buscam um acordo para aumentar a até 100 mil euros a garantia sobre os depósitos bancários no bloco, como parte de uma série de propostas para acalmar a opinião pública e evitar o pânico. Na reunião entre os 27 países da UE, os dirigentes discutem soluções para a crise que afetou a Europa. Investidores temem que a economia entre em recessão. Na segunda-feira, diante do pânico que tomou conta dos mercados, dirigentes de vários países vieram a público para garantir que os depósitos feitos nos bancos estão seguros.

Ásia

Na Ásia, o dia foi de novas perdas no Japão. Nas demais praças, foram verificadas altas pela primeira vez em quatro dias nesta terça-feira, enquanto o iene e títulos governamentais caíram depois de um surpreendente grande corte de juros por parte do banco central da Austrália. A decisão australiana criou expectativa de que outras autoridades monetárias poderão seguir a medida.

O pânico de que os governos dos Estados Unidos e da Europa ainda não encontraram uma solução à praga que tomou conta do sistema financeiro global pressionou as ações asiáticas a um patamar mais baixo em três anos mais cedo.
A Coréia do Sul permanece como uma preocupação na Ásia, com o won caindo para o menor nível em sete anos e meio, apesar do presidente do país ter minimizado especulações de uma crise de câmbio similar a que quase quebrou a economia do país há dez anos. O índice Nikkei de Tóquio terminou em queda de 3%, a 10.155 pontos, patamar mais baixo em cinco anos.

Reunião do G7

A fúria na qual os mercados de ações realizaram amplas vendas nas últimas semanas e a piora de condições do sistema financeiro global faz com que a reunião do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7), que começa na sexta-feira, seja ainda mais importante.

Investidores começaram a antecipar algum tipo de cooperação entre os países para solucionar a crise, especialmente depois do banco central da Austrália ter cortado a taxa de juro em um ponto percentual, a maior redução desde 1992.

Fonte: Portal Globo.com

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