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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Gripi H1N1 em Santa Catarina

A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta terça-feira (15), em entrevista coletiva realizada em Florianópolis, um relatório preliminar sobre a atuação do vírus H1N1 em Santa Catarina. “Apesar de o período mais crítico de transmissão da Influenza A já ter passado, eu faço um apelo aos cidadãos e agentes de Saúde para que continuem em estado de vigilância, evitando a transmissão da doença”, destacou o Secretário de Estado da Saúde, Dado Cherem, que também fez questão de ressaltar que todas as decisões tomadas pelo Governo do Estado com relação à Gripe A foram embasadas em evidências técnico-científicas.
Entre as medidas tomadas pela SES para o enfrentamento da nova gripe estão um trabalho de divulgação maciça sobre o assunto, a ampla capacitação dos profissionais da Saúde (in loco e via webconferência) sobre os protocolos de manejo, o incentivo financeiro para que os municípios instalassem centro de triagem ou ampliassem o horário de atendimento nos postos de Saúde, plantões presenciais nas vigilâncias epidemiológicas em todo o Estado, adiamento de licenças-prêmio na SES (o que manteve 450 funcionários a mais trabalhando), a distribuição de 30 mil tratamentos (Tamiflu) para uso adulto e 4.200 para uso pediátrico, o adiamento de cirurgias eletivas, a transferência de equipamentos de UTI de acordo com a demanda de cada região e o investimento de R$ 600 mil no Laboratório de Saúde Pública (Lacen), que está realizando exames diagnósticos de Gripe A, desde 8 de setembro.
Por orientação técnica da SES, também foram dispensadas ou remanejadas, nos ambientes profissionais em que atuam, mais de 30 mil gestantes, que formavam importante grupo de risco para a doença. Dos 52 óbitos confirmados por Influenza A (H1N1), 19,2% estão relacionados a mulheres grávidas. Desde maio, foram cancelados eventos sociais, culturais e esportivos onde haveria aglomeração de pessoas em lugares fechados, o que implicaria em maiores chances de contágio. Outra recomendação da SES para que, exceto em Tubarão, as aulas fossem mantidas em todo o Estado, se mostrou acertada. Dos casos confirmados de Influenza A em Santa Catarina, 71% se referem a pacientes entre 15 e 49 anos, faixa etária em que é possível seguir, de forma autônoma, as normas de higiene respiratória, independente do ambiente que se frequente.
“Apesar de esta ser uma doença nova, que chegou a surpreender a Organização Mundial de Saúde pela forma como se comportou, a Secretaria de Estado da Saúde sempre se muniu do máximo de informações para tomar decisões baseadas em critérios técnicos. O que esperamos, agora, é que a população não se deixe levar pela falsa ilusão de que o problema acabou. Superamos a fase mais crítica, mas os cuidados com a transmissão das doenças respiratórias e síndromes gripais deve ser permanente, e as pessoas devem procurar atendimento médico assim que perceberem os primeiros sintomas, porque quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficiente o tratamento”, reforçou o secretário, que também antecipou a expectativa de Santa Catarina sobre a vacina contra a Gripe A.
Para Dado Cherem, os estados do Sul merecem uma estratégia de imunização mais abrangente do que nos demais estados, de preferência proporcional ao número de internações e óbitos relacionados à Influenza A nesta primeira onda da doença na América do Sul. “Queremos participar da discussão sobre o perfil epidemiológico de quem deve receber a vacina”, observou, referindo-se ao fato de que, na Região Sul, a maior incidência da doença tem sido em adultos jovens.
Por enquanto só está definido que os profissionais de Saúde, por terem contato estreito e contínuo com as gripes, receberão a vacina assim que ela começar a ser distribuída no Brasil. Os dados apresentados estão na capa do site da SES, www.saude.sc.gov.br.

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