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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Impasse adia o acordo para pacote nos EUA

Negociações sobre crise nos EUA seguem nesta sexta

As negociações no Congresso sobre um pacote de US$ 700 bilhões para o setor financeiro continuarão nesta sexta-feira (26), mas não há sinais de que republicanos opositores ao plano participarão das conversas, disse o deputado democrata Barney Frank a jornalistas nesta quinta. Falando a jornalistas depois de um longo encontro com o secretário de Tesouro, Henry Paulson, e outros legisladores, Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (a Câmara dos Deputados dos EUA), disse ainda que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, não levaria a plenário uma proposta partidária, o que significa que pelo menos alguns republicanos teriam que assinar qualquer proposta. "Para os deputados republicanos, dar um passo é simplesmente assustador", disse Frank aos jornalistas, acrescentando esperar que o presidente George W. Bush e o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, os convença a comparecer.

Após o anúncio de um acordo preliminar entre os partidos democrata e republicano durante a tarde desta quinta-feira (25), o plano de socorro de US$ 700 bilhões do governo americano para o setor financeiro enfrenta um impasse.

Uma reunião realizada no fim da tarde na Casa Branca que contou com a presença do presidente George W. Bush, dos pré-candidatos Barack Obama e John McCain e de líderes dos dois principais partidos não conseguiu obter um consenso sobre o pacote econômico.

Os líderes dos partidos seguirão reunidos nesta sexta com os principais especialistas econômicos do governo, na esperança de alcançar um acordo antes do recesso parlamentar americano. A interrupção deveria começar hoje, mas poderá ser adiada devido às negociações.

Falta de consenso

Após participar da reunião, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, afirmou que o acordo virá "no devido tempo", mas que são necessárias novas reuniões para que se chegue a um consenso.

"Ainda são necessárias discussões entre o presidente George W. Bush e seus aliados republicanos - incluindo John McCain, o candidato do partido - para que eles definam "o que querem exatamente", afirmou o senador à rede de TV "CNN". Segundo ele, do ponto de vista democrata, o programa de ajuda não pode ser um "socorro aos CEOs" (executivos de bancos), mas sim ter o objetivo de evitar problemas sérios para o contribuinte americano, incluindo a desvalorização dos planos de aposentadoria.

Por sua vez, McCain também se disse otimista. "Tenho confiança que conseguiremos um acordo que agrade à maioria dos colegas do meu lado, assim como a maioria do outro lado", declarou em entrevista à rede de TV "CBS".

O candidato republicano negou que um acordo teria sido alcançado anteriormente: "eu sabia, ao entrar, porque já havia estado com meus colegas republicanos na Câmara, que nunca houve um acordo. Mas eu acredito que a reunião foi importante para fazer o processo avançar", afirmou McCain.

Esperança

"Minha esperança é de que a gente consiga um acordo", disse o senador democrata Christopher Dodd, presidente do comitê bancário do Senado dos EUA, na noite desta quinta-feira. Mais cedo, ainda no Capitólio, ele comemorava por ter chegado a um entendimento com líderes republicanos sobre as diretrizes do pacote. Segundo agências internacionais, Dodd reclamou que alguns deputados republicanos estão tentando usar o episódio para fazer um "plano de resgate de John McCain", e não do sistema financeiro.

Visão de Bush

No fim da tarde, o presidente George W. Bush disse que tinha a expectativa de chegar "muito rapidamente" a um acordo com os parlamentares sobre o plano de resgate do sistema bancário, cujo custo é estimado em US$ 700 bilhões.

"Minha esperança é que possamos chegar a um acordo muito em breve", declarou Bush durante uma reunião com membros do Congresso da qual também participaram os candidatos à eleição presidencial de 4 de novembro, o democrata Barack Obama e o republicano John McCain.

Os líderes da Casa Branca e do Congresso dos EUA prometeram após a reunião que vão continuar trabalhando juntos para finalizar o plano, afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. "Existe um claro senso de urgência e concordância sobre a necessidade de estabilizar os mercados financeiros e evitar que uma massiva crise financeira afete todos na América", disse Perino.

Pacote

Segundo notícias divulgadas por agências de notícias, o pacote incluiria algumas exigências dos deputados, como a limitação da concessão de bônus a executivos dos bancos ajudados pelo dinheiro oficial e também a liberação da ajuda em parcelas, sendo a primeira delas de US$ 250 bilhões.

Nesta quinta-feira, o otimismo geral sobre um acordo foi suficiente para alavancar uma baixa do dólar, que fechou com baixa de 1,62%, e uma alta de 3,98% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As bolsas européias e norte-americanas também tiveram um dia positivo.

Acordo

Nesta tarde, o senador democrata Chris Dodd, ao lado de legisladores republicanos, havia anunciado que os congressistas dos dois principais partidos dos EUA chegaram a um acordo básico sobre as diretrizes do plano. Segundo o senador republicano Barney Frank o congresso estava "a caminho" da aprovação do pacote.

Dodd declarou que, depois de três horas de discussão, os negociadores dos dois partidos resolveram submeter o texto de seu acordo aos responsáveis do departamento do Tesouro. Na seqüencia, eles se encontraram com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para detalhar as medidas.

O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, também disse que as lideranças partidárias no Congresso "fizeram progressos" na negociação do pacote de resgate financeiro e "parecem estar perto de um acordo". Tanto Obama quanto o candidato republicano John McCain fizeram um manifesto em favor da aprovação do pacote na quarta-feira.

Fonte: Portal Globo.com

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